Como funciona e qual foi o último balanço da SAF do Atlético Mineiro?
Atolado em dívidas antigas, o Atlético Mineiro decidiu se colocar na vitrine em busca de investidores cobiçando a aquisição da Sociedade Anônima de Futebol. No dia 20 de julho de 2023, o Conselho Deliberativo do Galo aprovou a venda de 75% de suas ações para a Galo Holding. Naquela época, o alvinegro se tornava a sétima SAF da elite nacional.
O modelo de clube-empresa empolgou a todos os torcedores, principalmente pelo alto investimento documentado pelos investidores. Em um contexto geral, o clube mineiro ultrapassava a casa de R$ 2 bilhões somente em dívidas. Quatro meses após assinar as documentações, a Galo Holding realizou o primeiro aporte no valor de R$ 913 milhões.
Do valor exorbitante, R$ 500 milhões foram aportados, enquanto a demais parcela foi abatida da dívida do Galo com os próprios acionistas pela Arena MRV. Nesse ínterim, esperava-se que R$ 100 milhões fossem adquiridos por meio do Fundo de Investimento do Galo (FIGA), que corresponde a depósitos feitos por “torcedores comuns”.
O problema é que em um ano, o FIGA não conseguiu arrecadar sequer 10% do valor previsto. Como resultado da quebra de expectativas, Rubens Menin, acionista majoritário da SAF do Atlético-MG, informou que depositaria o valor restante de seu próprio bolso. O problema é que todo o planejamento caiu por terra com o empecilho no meio do percurso.
Confira a distribuição da Galo Honding:
- 2R Holding SAF (Rubens Menin e Rafael Menin) – 55,74%
- FIP Galo Forte (Daniel Vorcaro) – 26,88%
- Ricardo Guimarães – 8,43%
- FIGA (Renato Salvador e outros) – 8,96%
Atlético Mineiro liga sinal de alerta para 2025
Depois de acumular traumas nas finais da Copa do Brasil e Libertadores da América, os torcedores alvinegros esperam que 2025 seja tomado por decisões precisas. Com a indefinição de novos aportes, a situação do Atlético ganhou capítulos dramáticos. Segundo Bruno Muzzi, CEO do Galo, é necessário recalcular a rota e almejar novas formas de elevar as receitas do clube.
“Para 2025 são dois cenários. Um é não ter novos aportes, outro é que tenha. Isso é importante, porque se não houver aporte, caminharemos com a dívida de forma mais lenta; se tiver, caminhará mais rápida. O que investe precisa vender, porque não podemos cavar mais buracos. Precisamos solucionar o endividamento mais rápido, para que o dinheiro volte mais rápido para o futebol. A SAF do Galo é de futebol. Tudo é revertido para o futebol”, disse Muzzi ao ge.
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