Cuca não pestanejou e mandou a real do que pensa sobre Lyanco
Em jogo válido pela sétima rodada do Campeonato Mineiro, Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentaram diante de mais de 60 mil torcedores presentes no Mineirão. Com a derrota por 2 a 0, dirigentes da Celeste criticaram a postura do quadro de arbitragem ao não expulsar Lyanco por pisão em Dudu. No entanto, Cuca saiu em defesa do zagueiro, afirmando ter sido uma ação acidental.
Aos 17 minutos da primeira etapa, Dudu caiu am campo após dívida. Posteriormente, ao tentar passar por cima do atacante, Lyanco pisou no braço do jogador que estava estirado no gramado. Automaticamente, o ex-Palmeiras solicitou a expulsão do adversário, que sequer recebeu amarelo. Para Cuca, a decisão de não creditar o lance ao cartão vermelho mereceu ser enaltecida diante da tamanha pressão dos torcedores do Cruzeiro.
“Quando o Dudu cai, ele fica com o braço aberto, e o Lyanco passa a perna por cima dele. Nesse ‘passar da perna’, o Dudu vem com o braço simultaneamente. Quem está dentro do campo sabe que isso não ocorreu por querer, e sim foi um acidente do trabalho, que foi muito bem interpretado pelo VAR e pelo árbitro. Você sente quando é maldade do jogador, e aí teria que ser punido. Se ele tivesse me falado no vestiário que pisou, eu falaria para vocês”, disse Cuca.
Sem papas na língua, o comandante do Galo detonou a revolta dos adversários, que irritados vandalizaram o VAR. Para a felicidade de Hulk e companhia, o resultado do confronto não foi condicionado pela polêmica, mas ganhou rumos ainda melhores com a expulsão de Gabigol por cotovelada proposital em Lyanco.
“Uma pena que tenham feito tanto barulho em cima disso, eu acho que isso não fez o resultado da partida e nós merecemos vencer. É muita pressão na arbitragem, no meio-tempo quebraram porta, socaram tudo no VAR, e isso fica tudo condicionado lá na frente, dando brecha para fazermos o mesmo. Nós não vamos fazer, mas queremos que as coisas fiquem no limite, pra que o árbitro não fique condicionado emocionalmente. A arbitragem hoje foi muito boa”, finalizou o técnico alvinegro.
Cruzeiro toma medida drástica diante da ação de Lyanco
Como resultado do desempenho apresentado pelo quadro de arbitragem no clássico, a diretoria do Cruzeiro entrou com uma queixa formal diante da Federação Mineira de Futebol. Segundo a Raposa, a não expulsão de Lyanco interferiu diretamente no andamento da partida, resultando no triunfo do Galo. Apesar de não poder anular o duelo, os responsáveis pelo VAR podem ser afastados temporariamente de suas obrigações.
Confira a nota do Cruzeiro:
“O Cruzeiro protocolou, na manhã desta segunda-feira, na Federação Mineira de Futebol e na comissão de arbitragem uma queixa formal a respeito da atuação dos árbitros, sobretudo do VAR, comandado pelo sr. Rodolpho Toski Marques, na partida desse domingo, contra o Atlético-MG, válida pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.
No entendimento do clube e de todos os especialistas que se manifestaram publicamente, houve um erro grosseiro em lance ocorrido aos 17 minutos do primeiro tempo, quando o VAR deveria ter atuado e indicado a revisão do lance que ocasionaria a expulsão de um atleta adversário.
Com total descontentamento com o ocorrido, o Cruzeiro também informa que solicitou todos os áudios da comunicação entre o VAR e árbitro em campo acerca do lance em questão, além de outros momentos cruciais da partida, como a revisão da jogada que culminou na expulsão do atleta Gabriel.
O Cruzeiro preza pela lisura da competição e não deseja ser beneficiado, mas, sob hipótese alguma, aceitará ser prejudicado”, escreveu a Raposa em suas redes sociais.
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